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EXERCÍCIO FÍSICO COMO FORMA DE COMBATER A DEPRESSÃO

EXERCÍCIO FÍSICO COMO FORMA DE COMBATER A DEPRESSÃO

Os debates em torno da saúde mental nunca estiveram tão em pauta como nos dias de hoje. As consequências da pandemia que afligiu o mundo durante os últimos sensivelmente 2 anos não se resumiram apenas ao plano físico-orgânico. Se por um lado temos números impactantes a nível do número de óbitos em decorrência da pandemia (mais de 6 5000 00), os números acerca da saúde mental também são de grande envergadura, apontando para uma elevação de 28% no número de casos de depressão.

A importância dada ao exercício físico para o contexto da saúde mental, ainda durante a pandemia, foi notória, através não só das recomendações por parte dos profissionais do exercício físico, mas também dos profissionais de saúde em geral.

Atualmente os estudos multiplicam-se e as descobertas mais importantes neste plano devem-se principalmente ao surgimento de novos neurónios advindos da prática de exercício físico regular, fazendo aumentar também a quantidade e a qualidade da ação de importantes neurotransmissores, como por exemplo a endorfina, a dopamina e a serotonina. Estes neurotransmissores, em níveis reduzidos, estão intimamente associados aos quadros de depressão.

Outro mecanismo desencadeado pelo exercício físico que visa o combate da depressão se prende à promoção da auto-estima e da capacidade de relacionamento pessoal. A prática regular de exercício físico (associado a uma alimentação equilibrada) irá desencadear certamente alterações favoráveis a nível da composição corporal, desencadeando também uma melhor avaliação da auto-imagem e auto-estima. Por outro lado, o exercício físico, em especial quando praticado em contexto de grupo, desenvolve um grande poder de socialização e alegria, combatendo desta forma os pensamentos negativos e a probabilidade de isolamento, características estas muito presentes em quem apresenta quadros de depressão.

Tratando-se da promoção da saúde mental, fica difícil definirmos qual a prática física ou modalidade desportiva que seria mais recomendável. O mais importante para alguém que esteja a passar por um estado de depressão é procurar uma atividade que mais possa lhe trazer prazer, atentando sempre para o volume e a intensidade das sessões de trino, de modo que o sistema cardiorrespiratório esteja sempre sob controlo.

É verdade que, havendo possibilidade de ser seguido por um profissional do exercício físico, o processo será todo facilitado, pois estes usarão dos seus conhecimentos técnicos e experiência a fim de propiciar treinos mais ajustados, seguros e motivantes. Não havendo esta possibilidade torna-se necessário uma introspeção, de modo a escolher (perante o consentimento médico) a modalidade de treino que possa lhe despertar mais prazer. Sejam atividades ligadas a dança, ligadas ao desporto de combate, realizadas no meio aquático, Yoga, Pilates, ou simplesmente caminhar, todas elas, sendo realizadas com consistência e atitude, certamente irão desencadear mecanismos neurais e bioquímicos em prol da saúde mental, contribuindo assim para a superação dos sintomas depressivos.

Nada de baixar as guardas, ou se refugiar no sedentarismo! O exercício físico (bem administrado) pode ser sim uma verdadeira “pílula” que desencadeará, alegria, vitalidade e ajudará qualquer indivíduo a reencontrar o gosto pela vida.